Infeções Sexualmente Transmissíveis: Gonorreia

A gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, com igual incidência em ambos os sexos. A bactéria responsável pela doença é classificada em bacteriologia como um coco gram negativo e cresce em áreas quentes e húmidas do corpo humano como o canal que transporta a urina para o exterior (uretra). Têm a sua sobrevivência dependente da presença de glicose no meio. 

Nas mulheres, a bactéria pode ser encontrada nos vários orgãos do sistema reprodutor feminino, como as trompas de falópio ou o útero. É também possível a manifestação da doença em outras zonas do corpo (boca, faringe, olhos e ânus). 

Neisseria gonorrhoeae


Transmissão

A gonorreia pode ser contraída na prática de qualquer tipo de atividade sexual com um parceiro infetado. Pode ser transmitida por contacto oral, vaginal ou anal. 

A prática de sexo oral é uma atividade com um enorme risco de contágio porque a bactéria também se pode desenvolver na garganta.

A transmissão é igualmente possível de mãe para filho durante o parto ou quando este ainda se encontra no útero materno. Nestas circunstâncias, o tratamento imediatamente após o diagnóstico é essencial para evitar complicações. Em bebés, a gonorreia costuma manifestar-se nos olhos.


Factores de risco 

Existem alguns comportamentos facilitadores da contaminação com Neisseria gonorrhoeae, como ter vários parceiros sexuais, ter um parceiro com histórico de qualquer IST, não usar proteção durante o ato sexual e o consumo abusivo de álcool e substâncias ilegais. 

Sintomas
Os sintomas nem sempre são perceptíveis, principalmente no sexo feminino. Só 10% a 20% das mulheres apresentam sintomas característicos como corrimento vaginal, disúria, dor abdominal, cervicite e abcessos tubo-ováricos. Em média, surgem entre 2 a 5 dias após a infecção. 
No sexo masculino, podem surgir até um mês após a infecção e incluem uretrite purulenta, disúria, prostatite e abcessos periuretrais. Pode também surgir um processo inflamatório no epídidimo que, em casos extremos e não tratados, pode causar infertilidade. 




Esquemas da bactéria nos órgãos genitais

Diagnóstico

A  gonorreia pode ser facilmente identificada através da observação microscópica da amostra de tecido, utilizando para tal, a coloração de Gram (é uma bactéria gram negativa).

Em alternativa, pode ser feita uma cultura de células retiradas do colo do útero, da vagina ou da uretra para identificar a bactéria.

Ainda a salientar que a técnica de PCR pode ser igualmente usada no diagnóstico e, pode ser realizada através de amostras de urina.

Tratamento


A gonorreia trata-se como qualquer outra infecção bacteriana, usando antibióticos. Há alguns anos atrás, a penicilina era suficientemente eficaz para trata a gonorreia, no entanto, devido ao desenvolvimento de resistência à penicilina é, atualmente, necessário a utilização de combinações de antibióticos (Cefixima, Cetriaxone, Spectinomycin). 

Indivíduos anteriormente infectados com a Neisseria gonorrhoeae e tratados eficazmente, podem contrair a doença novamente se contactarem com pessoas infectadas. 

Prevenção 

Usar preservativo em todo e qualquer tipo de contato sexual é o melhor meio para prevenir gonorreia. 

São de evitar relações sexuais com pessoas diagnosticadas com gonorreia ou que estejam em processo terapêutico. 

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